O Círculo  Experimental de Teatro de Aveiro (CETA), foi criado em Fevereiro de 1959, por  um grupo de jovens aveirenses que, colaboravam, num suplemento literário  juvenil, no semanário “O Litoral”, concluíram que, era tempo de Aveiro, ter um  grupo de teatro, por certo estavam longe de imaginar que iam dar nome a um  grupo que, ao longo de cinquenta e cinco anos, tem colecionado prestígio e  fama, na arte do representar: - CETA (Circulo Experimental de Teatro de Aveiro). 
                Em 3 de  julho do mesmo ano, o CETA tem pronto o seu primeiro espetáculo que é proibido  de ser apresentado neste dia pela censura e pela PIDE, só porque no programa o  ilustre aveirense e homem de letras, Mário Sacramento, assinava um texto de  apresentação. Este espetáculo era composto pelas peças “O Urso” de Anton  Tcheckov, “O Dia Seguinte” de Luiz Francisco Rebelo e um entreato de poesia de  Carlos Morais. Finalmente, o espetáculo só foi possível após ser eliminado na  totalidade o referido texto e substituído por outro, de não menos ilustre  Aveirense, o Dr. David Christo, diretor de “O Litoral”. Foi à cena no teatro  Aveirense, a 31 de julho de 1959. 
                Assim começa  a história do CETA. 
                O CETA é  formalmente oficializado a 2 de abril de 1964, embora já fizesse teatro desde  1959 mercê de uma autorização especial do Governo Civil do distrito.  
                Durante  alguns anos e, porque o nome “Experimental”, fazia alguma confusão à censura e  à PIDE, o CETA foi proibido de o utilizar!!! 
                O CETA tinha  como aspirações realizar um teatro novo, artístico e técnico e divulgar os  melhores autores, aspirações que se mantêm passados 56 anos de vida. Por falta  de espaço com condições, no início as peças são apresentadas no Teatro  Aveirense. Em 1969, inicia-se a construção do teatro no local onde ainda hoje  se encontra em atividade. 
                Durante  os 56 anos de atividade o CETA nunca parou. Levou à cena mais de 117 peças, sem  contar com os diversos espetáculos de rua. Proporcionou formação a muitas  crianças e jovens em todos os domínios cénicos, despoletou o “bichinho” do  teatro em muitos outros, organizou palestras e colóquios, editou uma revista de  poesia e alguns livros de teatro, dos quais se destacam: 
                
                  - “Contar a  Cardar” de Mário Castrim, editado em 2004, cuja apresentação trouxe a Aveiro um  conjunto diversificado de grupos nacionais e estrangeiros, quer ligados ao  teatro quer a muitas outras vertentes culturais, nomeadamente, da música à  dança, ao cinema à poesia.
 
                     
                   
                  - “O Rapaz  Bicicleta, uma história de amor” de Ana Salgueiro, editado em 2012, que  resultou de uma peça para a infância cuja estreia ocorreu em dezembro de 2011.
 
                 
              Ao  longo do seu percurso, o CETA obteve numerosos prémios e menções honrosas em  concursos de teatro, foi homenageado, é conhecido por todos os aveirenses e por  muitos portugueses e a qualidade do seu trabalho tem sido reconhecida por todos  os que com ele têm tido contato.  | 
               
               
               
               
             
              
             
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